Onde estão as aparas? É verdade que o consumo de embalagens está acima do normal para a época do ano, especialmente no mês de janeiro, conforme a Empapel divulgou que a expedição de caixas, chapas e acessórios foi de 326,3 mil toneladas, em volume 4,9% superior ao de janeiro de 2020 e um recorde para o mês. Mas, a esta altura, as aparas geradas com as vendas da Black Friday e o Natal já deveriam estar no mercado, só que não apareceram, e a consequência não poderia ser outra: preços em alta. A situação é preocupante, pois, a ideia que a recuperação das aparas oriundas das (cada vez mais fortes) vendas on-line não estão ocorrendo e, assim, está se confirmando como uma nova realidade com a qual teremos que conviver daqui para a frente, o que trará dependência dos incipientes e ineficientes sistemas municipais de coleta seletiva. Os aparistas já trabalham com as cooperativas e retiram praticamente todo material por elas gerados, além de prestar assistência técnica em muitas ocasiões, contudo, precisamos fazer mais papel chegar às cooperativas e isso, a nosso ver, vai exigir um trabalho envolvendo todo o setor. Até porque, será preciso aumentar a consciência ambiental da população e do poder público, o que, convenhamos, não é uma tarefa fácil.
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