Último dia do Fórum ABRE de Economia Circular aborda o crescimento da circularidade a partir da colaboração com toda a Cadeia de Valor pós consumo Mensagem do Fórum ABRE é que a Economia Circular é uma jornada que precisa ser construída pelas marcas e por todos os elos do ecossistema de embalagem, além de novos parceiros e a sociedade. O Fórum ABRE de Economia Circular chega ao fim e feforça a ideia de que para chegarmos a uma economia circular é imprescindível o envolvimento de vários atores, ou seja, a parceria, a colaboração, a construção e a visão sistêmica são fundamentais para o sucesso dessa iniciativa. No último dia do evento contamos com painéis que mostraram como juntos somos mais fortes, como a parceria entre cleantechs, indústrias de embalagem e brand owners está sendo construída e quais frutos estão sendo colhidos. Na primeira palestra do dia, Guilherme Melhado Miranda, diretor Comercial na Unidade de Papel e Embalagens da Suzano disse que o compromisso da empresa é de até 2030 mitigar o problema da distribuição de renda – zero pessoas abaixo da linha de pobreza em sua área de influência; ser mais positiva para o clima e oferecer mais 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável, pois para a organização o conceito de economia circular vai além da reciclagem, é preciso pensar de maneira holística e atuar no bem estar social, no desenvolvimento econômico e na preservação ambiental. No Painel: “Caminhos e possibilidades do ecossistema da reciclagem: novos atores e negócios”, contamos com a mediação de Anna Romanelli, gerente Programática da Fundação Avina e Cofundadora do Hub Incríveis; Leonardo Marino, cofundador e diretor Industrial da Lar Plásticos; Estevão Braga, head de Sustentabilidade da Ball Corporation para Bebidas América do Sul e Sérgio Finger, CEO da Trashin. Durante o debate, Leonardo, da Lar Plásticos falou sobre as Arenas Recircular que são localizadas em cidades estratégicas, fora de grandes centros. Com foco em coleta, triagem, beneficiamento e destinação adequada para o processo industrial, tem como resultado material transformado, com o propósito de economia circular. Segundo Estevão Braga, da Ball, a lata de alumínio segue como a embalagem mais reciclada no Brasil e no mundo, chegando a uma taxa média global de reciclagem de 69% e isso acontece devido ao alto valor econômico do material, à simplicidade na reciclagem e a estrutura de coleta já existente. No Brasil a taxa de reciclagem do alumínio está em 97% e a reciclagem acontece em todo o país. A Trashin realiza gestão de resíduos 360º, conectando todos os tipos de resíduos ao seu destino correto. A empresa trabalha com vários geradores, entre eles P&G, Movida, Ibirapuera, Unilever, ESPM e atua desde a coleta até a destinação final, rastreando e agregando valor aos resíduos por toda a cadeia e ativando a economia circular. Na visão de Sergio Finger, da Trashin, é preciso mergulhar na jornada do descarte, pois só assim é possível traças as estratégicas corretas para cada empresa. E vale lembrar, não é a venda do material que deve remunerar a empresa e seu ecossistema, mas sim a remuneração pelo serviço prestado. Na palestra “Inovação e colaboração para proteger o que é bom!”, Valeria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak do Brasil e Cone Sul, mostrou pontos importantes que explicam como a organização está construindo uma cadeia mais sustentável para os seus clientes que são indústrias de alimentos, portanto, salvar os alimentos é a primeira preocupação da empresa. A companhia também atua na estruturação de cooperativas e na educação do consumidor, primeiro elo responsável para que a economia circular aconteça. A empresa trilha uma jornada de 25 anos de melhoria contínua visando aumento da reciclagem em porcentagem e em valor do material na reinserção deste na cadeia. “Caminhos e possibilidade do ecossistema da reciclagem: colaboração para projetos integrados”, foi o painel que encerrou o Fórum ABRE e trouxe como participantes Cesar Sanches, diretor de Marketing Estratégico e Sustentabilidade do Valgroup; Paulo de Mattos Coelho, diretor Comercial de Economia Circular América do Sul da Braskem; Thays Rosini, gerente de Sustentabilidade da Danone; André Fraga, vereador do Partido Verde – Salvador/BA e Claudia Pires, fundadora da So+ma vantagens; com a mediação de Anna Romanelli, gerente Programática da Fundação Avina e Cofundadora do Hub Incríveis. Nesse painel ficou claro que não existe um caminho único. É fundamental trabalhar as inovações e a formação de parcerias entre todos os elos da cadeia para que se possa seguir de maneira positiva e concreta o caminho para uma economia circular. Apostar em startups que resolvam parte da jornada, se conectar a iniciativas globais para sinergia de esforços, trabalhar no ecodesign, utilizar embalagens com menos camadas, monomateriais, bottle to bottle, shrink com conteúdo significativo de PCR, entre outras, são ações que já estão acontecendo e são de extrema importância, mas não para por aí. É preciso ir além, é preciso mudar a perspectiva da competição para a cooperação entre todos os elos do ecossistema, tornando a produção, o aproveitamento e o descarte procedimentos conexos, responsáveis, solidários e permanentes.
Sobre a ABRE – A ABRE - Associação Brasileira de Embalagem foi fundada em 1967 e, calcada em três pilares – Protagonismo, Sustentabilidade e Transparência – tem como proposta de valor ser a referência e a conexão para prover o conhecimento e construir o ecossistema da embalagem para acelerar o desenvolvimento sustentável. A Entidade congrega toda a cadeia produtiva – fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e insumos, agências de design, fabricantes de embalagem, indústrias de bens de consumo, redes de varejo, instituições de ensino e entidades setoriais, além de atuar em uma ampla gama de atividades por meio de seus Comitês de Trabalho: Sustentabilidade, Inovação, Alimentos, Bebidas, Cosméticos, Saúde e Farmacêuticos, Higiene e Limpeza, Pet Food e Pet Care, Varejo, Educação, Recursos Humanos e Administrativos, Assuntos Regulatórios, Embalagem para Micro e Pequenas Empresas e Save Food. www.abre.org.br