O que é como funciona a Logística Reversa e quando foi instituída? Devemos iniciar comentando que o setor de resíduos, depois de muito tempo, passou a ter uma regulamentação. Em 2010, foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305), que traz uma série de diretrizes, objetivos e definições. Um aspecto importante dessa lei foi o conceito de Logística Reversa, um instrumento de desenvolvimento econômico e social criado para viabilizar a coleta e restituição do material pós-consumo para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada. Quem deve fazer? Todos nós somos responsáveis por esse trabalho, desde os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, porém alguns setores foram destacados na própria política, como: pneus, lâmpadas, óleos lubrificantes e embalagens. Qual a importância da LR? Ela proporciona um conjunto de ações e atividades que evitam que produtos após o consumo sejam destinados aos aterros sanitários. Quais os principais segmentos que já aderiram? No estado do Paraná foram lançados editais de chamamento público, motivo pelo qual vários setores já assinaram termos de compromisso para elaborarem seus planos de logística reversa e implantá-los. Por exemplo: pneus, embalagens em geral, óleos lubrificantes, medicamentos, latas de aço, filtro de óleo lubrificante automotivo. Como está o estado do Paraná com relação aos demais Estados? Acredito que seja o estado mais avançado em relação a essas iniciativas. O governo tem adotado a estratégia do diálogo e da construção, incentivando as diversas cadeias produtivas a participarem do processo, trazendo suas dificuldades e contribuições. A participação da Federação das Indústrias do Estado do Paraná também tem contribuído para esse sucesso. Outro fator importante é que no edital de chamamento público realizado, solicitamos que as empresas não viessem separadas, e sim por meio de sindicatos ou associações. A intenção é concentrar esforços e reduzir custos. No caso das embalagens, foram criados dois institutos com a finalidade específica de tratar desse tema: o ILOG (Instituto Paranaense de Logística Reversa) e o INPAR (Instituto Paranaense de Reciclagem). Como o Senhor Avalia a iniciativa do SINPACEL de assinar o termo de compromisso para responsabilidade pós-consumo? Atitudes como a do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose merecem ser destacadas e divulgadas, pois, mesmo após já estarem inseridos no processo de logística reversa através do ILOG, nos procuraram para assumir o z individualmente, demonstrando real preocupação com o passivo ambiental gerado pela atividade do setor. Parabéns ao Sinpacel e toda sua diretoria. Confira esta e outras matérias na Revista Sinpacel 10. Clique AQUI e baixe esta edição. Aproveite, é grátis!