Uma indústria que além de produzir papel também gera energia – e muita, suficiente para abastecer uma cidade de grande porte do Paraná, com mais de meio milhão de habitantes. Assim é a fábrica da Klabin, que está situada em Ortigueira, nos Campos Gerais. A título de comparação, a Usina Hidrelétrica de Mauá, em Telêmaco Borba, inundou quilômetros de área e custou R$ 1,4 bilhão para gerar 361 megawatts. Segundo a direção da indústria, partes das árvores não usadas na produção, como cascas e galhos finos, viram biomassa, queimada numa caldeira para gerar vapor. Depois de aplicados sulfetos (enxofre) e soda para dissolver a madeira, o resíduo é um líquido chamado de licor negro, rico também em lignina e açúcares da madeira. Ao final do processo, a água é evaporada, girando turbinas, e os compostos orgânicos são queimados. Sobram apenas os produtos químicos, que são reutilizados. O sistema ainda tem a vantagem de ser em circuito fechado – ou seja, os produtos usados são reaproveitados, sem resultarem em dejetos e efluentes. A fábrica, portanto, é autossuficiente em energias renováveis. Da energia gerada, 120 megawatts são usados na operação da indústria. Mas a empresa estima que, mesmo sem usar a capacidade máxima do sistema, será possível “devolver” ao sistema energético 150 megawatts – cenário que ficou ainda mais rentável com os recentes aumentos na energia elétrica. Assim, o investimento aproximado de R$ 600 milhões em todo o sistema de energia deve “se pagar” em cinco anos. A Usina Presidente Vargas faz parte do complexo da Klabin em Telêmaco Borba (PR). Foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1953 e, atualmente, possui duas unidades instaladas, com capacidade de geração de 22,5 KW de energia elétrica. É uma importante fonte geradora de energia para a produção industrial de celulose e papel na Fazenda Monte Alegre. O barramento foi construído no leito do rio Tibagi e a usina é composta por dois tubulões de alimentação a dois turbo geradores, constituídos de turbinas hidráulicas e geradores, além da subestação distribuidora, linha de transmissão à fábrica e subestação receptora na fábrica. ... Confira esta e outras matérias na Revista Sinpacel 14. Clique AQUI e baixe esta edição. Aproveite, é grátis!